2004-07-15

mínimos nadas



Ontem conhecemos mais dois nomes do próximo Governo da República. Para além do Primeiro-Ministro, estão definidas as pastas das Finanças e dos Negócios Estrangeiros. Não são os nomes que fazem ministros, nem a velocidade dos convites ou a ausência de recusas que garantem a sua qualidade.

É mais uma demonstração da triste personalização da acção política a exagerada atenção nacional à novela do convite e da recusa, da canção do bandido e da aceitação ruborizada da donzela.

Faz falta olhar mais para o pensamento e a acção, atender ao programa e às medidas.

São um mistério as grandes orientações do próximo governo, as linhas mestras do próximo Orçamento de Estado e da política económica. Desconhece-se qualquer ideia, um mínimo lampejo que se aproxime de uma estratégia nacional para o desenvolvimento.

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