Perspectivam-se tempos difíceis para a economia mundial por via da subida do preço do petróleo. É, em grande parte, resultado da instabilidade da ocupação do Iraque, da situação política na Venezuela e da fragilidade dos regimes autoritários e ditatoriais da Península Arábica.
Mesmo num cenário de estabilidade política e militar no médio oriente, o preço do petróleo teria, em probabilidade, subido. O consumo de energia per capita na China e na Índia cresce e crescerá, sustentadamente, a um ritmo que provocará aumento de preço por via da maior procura. Há uma pressão de fundo para a subida de preço do petróleo inultrapassável, por via de crescimento da procura.
Mesmo num cenário de estabilidade política e militar no médio oriente, o preço do petróleo teria, em probabilidade, subido. O consumo de energia per capita na China e na Índia cresce e crescerá, sustentadamente, a um ritmo que provocará aumento de preço por via da maior procura. Há uma pressão de fundo para a subida de preço do petróleo inultrapassável, por via de crescimento da procura.
A diferença está no ritmo de subida do preço. Os efeitos da maior procura constituem uma tendência de gradual aumento, o que permitiria a adopção de medidas de adaptação nas economias desenvolvidas, por via de alteração do modelo tecnológico. O mesmo se verificou em resposta aos choques petrolíferos dos anos 70 e 80 do século passado.
Esta crise de estabilidade de oferta teve efeitos súbitos no preço que impedem as necessárias adaptações tecnológicas, em tempo útil, nos países importadores. Os resultados de uma política direccionada para fontes de energia renovável e uma menor dependência das flutuações do preço do petróleo demoram a chegar, enquanto os preços estratosféricos da energia já aí estão. Resta aos países importadores sofrerem os efeitos na inflação, crescimento económico e desemprego da energia cara, enquanto as políticas energéticas responsáveis não produzem resultados.
Ultrapassada a conjuntura política internacional, o preço do petróleo baixará para valores aceitáveis. Apesar de mais altos do que os do início da crise, os preços serão tais que o investimento em energias renováveis deixará, mais uma vez, de estar na ordem do dia.
Esqueceremos que os efeitos graduais do aumento do consumo de petróleo na Ásia manter-se-ão e os países mais dependentes, como Portugal, verão os seus termos de troca numa contínua degradação.
Esta crise de estabilidade de oferta teve efeitos súbitos no preço que impedem as necessárias adaptações tecnológicas, em tempo útil, nos países importadores. Os resultados de uma política direccionada para fontes de energia renovável e uma menor dependência das flutuações do preço do petróleo demoram a chegar, enquanto os preços estratosféricos da energia já aí estão. Resta aos países importadores sofrerem os efeitos na inflação, crescimento económico e desemprego da energia cara, enquanto as políticas energéticas responsáveis não produzem resultados.
Ultrapassada a conjuntura política internacional, o preço do petróleo baixará para valores aceitáveis. Apesar de mais altos do que os do início da crise, os preços serão tais que o investimento em energias renováveis deixará, mais uma vez, de estar na ordem do dia.
Esqueceremos que os efeitos graduais do aumento do consumo de petróleo na Ásia manter-se-ão e os países mais dependentes, como Portugal, verão os seus termos de troca numa contínua degradação.
no Público
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