Em 2004 o rasto da esperança do fim da história e da estranha e inexplicável magia do novo milénio ainda nos projetava uma imagem de um mundo entendível. Não tínhamos esta certeza de agora de o céu nos ter caído na cabeça.
Já na altura, emergiam as mesmas dúvidas e os mesmos dilemas de hoje. Tal como hoje a qualidade das decisões coletivas dependia da discussão dos problemas e das diferentes soluções, dos conflitos e clivagens de sempre. Tal como hoje, era fundamental sermos exigentes e generosos e cada vez mais intolerantes com a incoerência, com a resignação e com a manipulação.
O hiperbólico - com letra minúscula - exagera nos termos e nas opiniões, é assumidamente pessoal, só fala do que lhe interessa e escreve sobre tudo.
Muito se muda para ficar tudo na mesma e o desejo e a ambição de tudo mudar ficam a germinar nestes tempos de mudança.
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