Na proposta do Governo do novo enquadramento da negociação salarial há um ponto que me preocupa: os ganhos de produtividade não se repercutirem, na sua totalidade, no crescimento salarial.
Para manter a peso do trabalho no rendimento nacional é importante que o crescimento dos salários iguale a inflação mais o crescimento da média do produto nacional por trabalhador, mais conhecida por produtividade média do trabalho. Se o crescimento do contributo de cada trabalhador para o produto for maior do que a evolução do salário (descontada a inflação) a porção que sobra para a remuneração capitalista e para o Estado é maior, logo o peso do trabalho na economia desce.
Como o rendimento das classes baixa e média baixa é maioritariamente salários a diminuição do peso do trabalho na economia é um preocupante indicador de maior da desigualdade.
Ora a proposta do Governo propõe que o crescimento salarial não repercuta a totalidade dos ganhos de produtividade. O Governo propôs um aumento do leque entre os mais ricos e os mais pobres.
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