2003-11-27
AUTOCARROS, BURACOS, ENGENHEIROS
Ciclicamente, próximo do solstício de Inverno, quando a chuva é mais frequente, surgem as críticas à construção em zonas de cheia. O desordenamento do território tem custos que ultrapassam o congestionamento do trânsito, a inexistência de estacionamentos, o desrespeito pelos afastamentos entre edifícios, a destruição do ambiente...
Afecta todos, em especial as classes baixa e média baixa
2003-11-24
Luís Delgado é muito factual, incrível e perturbadoramente factual.
A economia americana cresceu a uma taxa de 7,2% no 3º trimestre. Apesar de LD não o referir presumo que a taxa seja anualizada.
O INE apresentou inidicadores que apontam para a inversão da dinâmica de redução do produto na economia nacional.
Relembro as previsões EUROSTAT de Outubro para a economia portuguesa:
A todos nos alegra o fim da recessão. Estamos felizes por LD ter razão e a economia portuguesa previsivelmente crescer em 2003 e 2004. Pena é que a sua razão não seja maior (0,8; 1,0 e 2,0 estão um pouco longe de 7,2). E, já agora, extensível ao mercado de trabalho!
A economia americana cresceu a uma taxa de 7,2% no 3º trimestre. Apesar de LD não o referir presumo que a taxa seja anualizada.
O INE apresentou inidicadores que apontam para a inversão da dinâmica de redução do produto na economia nacional.
Relembro as previsões EUROSTAT de Outubro para a economia portuguesa:
2003 | 2004 | 2005 | |
Consumo Privado | -0,9 | 0,8 | 0,9 |
Consumo Público | -0,9 | -0,2 | 0,9 |
FBCF | -9,2 | 1,0 | 5,2 |
Exportações | 3,1 | 5,1 | 7,0 |
Importações | -2,9 | 3,9 | 5,5 |
PIB | 0,8 | 1,0 | 2,0 |
Taxa de inflação(IHPC) | 3,4 | 2,5 | 2,4 |
Taxa de emprego | -1,0 | -0,1 | 0,5 |
Taxa de desemprego | 6,6 | 7,2 | 7,3 |
A todos nos alegra o fim da recessão. Estamos felizes por LD ter razão e a economia portuguesa previsivelmente crescer em 2003 e 2004. Pena é que a sua razão não seja maior (0,8; 1,0 e 2,0 estão um pouco longe de 7,2). E, já agora, extensível ao mercado de trabalho!
2003-11-20
Educação e Ensino
Tenho dificuldade em encontrar a, certamente ténue, fronteira entre as duas palavras.
As opiniões acerca do Sistema de Ensino (Educação) são invariavelmente hipertrofiadoras das responsabilidades “DA ESCOLA” quando tudo resto falha. O problema dos incêndios, dos acidentes rodoviários, da limpeza das ruas, da droga, da deliquência juvenil, da... são questões culturais que só com a correcta educação dos cidadãos pode ser resolvida. Daqui o brilhante corolário de só na próxima geração estes problemas estarem resolvidos. Talvez porque então já não haja floresta para arder, automóveis para chocar, atmosfera para passear na rua, nem jovens para se intoxicarem e roubarem a avozinha que foi às compras.
Quando "A ESCOLA" falha saltamos para o outro extremo. E como podem as famílias confiar em instituições e profissionais irresponsáveis. Como podem as crianças crescer e tornarem-se cidadãos participativos e impolutos se o ambiente escolar é o que é. Não ensinam nada. Entrámos no facilitismo e no deixa andar.
A verdade estará no meio?
(na continuidade da opinião do avô do cidadão do mundo)
2003-11-19
Parcerias público-privadas
“(…) The P3 model is likely to significantly greater costs, diminished accountability, and a deterioration of the quality and the extent of universal service (...)”
The Canadian Centre for Policy Alternatives
O exercício de funções públicas por privados, mediante concessão, ou mesmo no âmbito de parcerias público-privadas, exige a elaboração, negociação, execução e acompanhamento de contratos de médio longo prazo, com uma complexidade apreciável. Pressupõe a confiança na possibilidade de ser desenhado um pacote de incentivos e remunerações que permita transferir o interesse público para o interesse do concessionário - e a correspondente transferência de riscos. O concessionário ao defender o seu próprio interesse (aumentar os seus rendimentos) agirá como se defendesse o interesse público.
Pressupõe-se que a actividade em causa é suficientemente conhecida, estável, previsível e mensurável de forma a, primeiro, quantificar e, depois, monetarizar o interesse público. Resulta que é mais directo e mais seguro entregar a privados a construção e exploração de uma auto-estrada do que a construção de hospital(financiamento, concepção e construção por privados) seguida da prestação de cuidados durante anos. A partilha de riscos e controlabilidade do cumprimento do caderno de encargos são muito mais evidentes no caso da auto-estrada.
A envolvente na prestação de cuidados de saúde é muito mais volátil que a das vias de transporte. O elevado ritmo de mudança tecnológica na saúde origina alterações significativas nas perspectivas, objectivos, necessidades e exigências a responder pelos prestadores de cuidados. A probabilidade de trabalhos a mais e alterações ao caderno de encargos, durante a execução do contrato é muito elevada. Acresce que pela grandiosidade dos investimento inicial (um hoospital custa sempre mais de 40 milhões de euros) a duração dos contratos tem de ser necessariamente grande. Caso contrário a parceria não garante a necesária rentabilidade do privado.
Nestes casos, de renegociação do caderno de encargos, o poder negocial do "parceiro privado" é muito grande.
O custo, a qualidade e universalidade dos cuidados de saúde não são indiferentes ao modelo institucional adoptado.
2003-11-17
Sónia
(Bosch, Hieronymus: The Garden of Earthly Delights)
O Jardim das Delícias é uma promessa terrível, porque como todos os paraísos justifica as maiores atrocidades.
(Bosch, Hieronymus: The Garden of Earthly Delights)
O Jardim das Delícias é uma promessa terrível, porque como todos os paraísos justifica as maiores atrocidades.
2003-11-16
Lei n.º 1/99, de 13 de Janeiro
Artigo 14.º
Deveres
Independentemente do disposto no respectivo código deontológico, constituem deveres fundamentais dos jornalistas:
a) Exercer a actividade com respeito pela ética profissional, informando com rigor e isenção;
b) Respeitar a orientação e os objectivos definidos no estatuto editorial do órgão de comunicação social para que trabalhem;
c) Abster-se de formular acusações sem provas e respeitar a presunção de inocência;
d) Não identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, bem como os menores que tiverem sido objecto de medidas tutelares sancionatórias;
e) Não tratar discriminatoriamente as pessoas, designadamente em função da cor, raça, religião, nacionalidade ou sexo;
f) Abster-se de recolher declarações ou imagens que atinjam a dignidade das pessoas;
g) Respeitar a privacidade de acordo com a natureza do caso e a condição das pessoas;
h) Não falsificar ou encenar situações com intuitos de abusar da boa fé do público;
i) Não recolher imagens e sons com o recurso a meios não autorizados a não ser que se verifique um estado de necessidade para a segurança das pessoas envolvidas e o interesse público o justifique.
2003-11-15
2003-11-14
LOOSE LOOSE SITUATION
Depois de um atentado atingir directamente cidadãos portugueses, tornou-se muito complicado manter qualquer neutralidade construída de silêncio.
Antes que o sofrimento português se torne demasiado, e porque estou pessimista quanto ao número de baixas no contingente policial português, é altura de afirmar que concordo com a participação portuguesa.
Tal como concordo com qualquer intervenção internacional do país que tenha em vista a manutenção da paz ou da segurança, a estabilização de zonas sensíveis.
Porque precisamos que a nação árabe (que existe) sinta o apoio ocidental.
Porque é essencial limpar os estragos desta invasão insensata, mal preparada, cega e surda aos impactos de médio e longo prazo.
Porque é imprescindível reforçar as facções moderadas e liberais da nação árabe.
Porque é fundamental tirar a iniciativa aos falcões – ocidentais ou muçulmanos.
Porque todas as alternativas são piores.
2003-11-13
Guimarães Jazz 2003
Auditório da Universidade do Minho
13 Novembro - Quinta
Auditório da Universidade do Minho
GIANLUIGI TROVESI dirige uma orquestra (Ita)
14 Novembro – Sexta
Auditório da Universidade do Minho
DANILO PEREZ TRIO (EUA)
15 Novembro – Sábado
Auditório do complexo multifuncional de Couros às 17 horas
JORGE LIMA BARRETO, PALOLO IMPROMPTU (Por e UK)
15 Novembro – Sábado
Auditório da Universidade do Minho
1ª. Parte
MARTIAL SOLAL (Fra)
2ª Parte
ONJ (Fra)
16 Novembro - Domingo
Auditório do complexo multifuncional de Couros às 17 horas
MATT WILSON QUARTETO (EUA)
20 Novembro – Quinta
Auditório da Universidade do Minho
ANTHONY BRAXTON QUARTETO (EUA)
21 Novembro – Sexta
Auditório da Universidade do Minho
RANDY WESTON TRIO (EUA)
22 Novembro – Sábado
Auditório da Universidade do Minho
BOBBY HUTCHERSON QUARTETO (EUA)
detalhes na
2003-11-12
Fiz o teste. O resultado foi:
You are Agent Smith, from "The Matrix."
No one would ever want to run into you in a
dark alley. Cold as steel, tough as a rock,
things are your way or the highway.
What Matrix Persona Are You?
brought to you by Quizilla
You are Agent Smith, from "The Matrix."
No one would ever want to run into you in a
dark alley. Cold as steel, tough as a rock,
things are your way or the highway.
What Matrix Persona Are You?
brought to you by Quizilla
Roubado em Aviz
«Existe ainda outra forma
de classificar a noite,
diz-se que é a plataforma
da vinda áspera do coiote.»
Para onde vão os impostos?
Fernando Madrinha põe o dedo na ferida: a relação entre o imposto pago e o benefício recebido pelo cidadão. A ligação entre o cidadão e o Estado depende de um nível mínimo de confiança, de acordos implícitos aceites por uma larguíssima maioria. Este contrato exige uma gestão cuidadosa das expectativas dos cidadãos. A instabilidade dos direitos do cidadão compromete a valorização do contrato social.
Até onde pode ir a diminuição da comparticipação estatal em diversos serviços, considerados públicos e aceites como essenciais, é uma questão premente.
Quando é que a diminuição do peso e da função do Estado Providência vai prejudicar a coesão da sociedade é uma pergunta fundamental.
(ler no Diário Digital crónica de Fernando Madrinha)
2003-11-07
Rui Rio
Não votei nele, não podia e mesmo se pudesse provavelmente não votaria.
Nem me parece grande presidente da câmara.
Mas quanto ao seu discurso sobre o futebol, sempre o achei surpreendentemente lúcido e claro. Por isso tornou-se num caso raro na política portuguesa, o que valoriza como político.
E os espécimes raros merecem, pelo menos, o nosso respeito.
ANA SÁ LOPES confirmou esta sensação de desconforto sempre que penso na ligação entre futebol e política. A minha concordância é total!
FAZ FALTA AVALIAR OS RESULTADOS DE TODO O ESFORÇO NACIONAL NA CONSTRUÇÃO DE DEZ ESTÁDIOS.
2003-11-06
Delírio
2. Outro protesto interessante, que passou quase despercebido, foi a eleições de dois governadores republicanos em dois estados tradicionalmente democratas: o Mississipi e o Kentucky. Não acontecia desde os anos 60, e foi um voto de protesto na governação dos democratas. Será um sinal para as presidenciais?
(Luís Delgado no Diário Digital)
Temos uma tendência mundial. Uma vaga de fundo... imparável!
Fica-me a dúvida?
SERÁ ESTE MAIS UM DOS SINAIS DA RETOMA DA ECONOMIA PORTUGUESA?
Presidente do BCE vê sinais de retoma nas economias da Zona Euro
(título no Público)Todas as previsões apontam para o reinício, suave, do crescimento económico nas economias europeias.
Em particular cá em Portugal, esta suavidade é notória (ver previsões da UE que publiquei na posta abaixo).
A evolução das componentes da despesa faz-nos adivinhar uma recomposição das componentes do rendimento cada vez mais desfavorável para aqueles provenientes do trabalho em prol dos outros factores produtivos. Veja-se o crescimento do desemprego e a corrrespondente "anemia" no crescimento do emprego.
O desemprego cíclico decorre, na demora do arranque da sua recuperação, da sub-utilização da capacidade instalada das empresas. Eventuais aumentos de procura são rapidamente acomodados com os recursos existentes, mediante uma sua maior taxa de utilização. Daí a baixa na taxa de inflação.
Em parte o crescimento do desemprego também é estrutural - por inadequação entre as competências necessárias e as existentes no mercado. Os baixos níveis de literacia e de competências técnicas justificam-no. Neste ponto há uma opção política a fazer: qual a solução para os trabalhadores cujo capital de competências é cada vez menos procurado?
Duas perspectivas:
1- Subsídio de Desemprego mais Reforma Antecipada ou
2- Formação mais Política de Desenvolvimento dirigida a sectores de nível tecnológico adequado ao mercado de trabalho português. Não é só com indústrias de ponta que uma economia cresce!
O aumento do desemprego estrutural tem implicações preocupantes nas finanças públicas. Acresce ao envelhecimento da população como causa da cada vez maior necessidade de apoio social às populações. A médio prazo a pressão na despesa pública será enorme.
Voltando à afirmação do novo Presidente do BCE, é de realçar que os sinais de retoma não obrigam à subida das taxas de juro.
2003-11-03
DOCAPESCA
Mais um exemplo de quanto o Estado prejudica os negócios quando excede o simples exercício das funções de soberania, a saber: a garantia da segurança, da estabilidade dos contratos e do direito de propriedade. O Estado Português decidiu abusivamente encerrar uma infra-estrutura fundamental para o exercício da actividade das empresas, gorando as expectativas de investidores do sector. Assim não há mão invisível que resista!
Miguel , João, e restantes ilustres elementos da UBL:
Dou a mão à palmatória: viva o liberalismo!
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