2004-01-07

"Uma boa carne fumada sabe sempre melhor"



Armin Meiwes fumava.

Armin colocou o anúncio: “Procuro jovem bem constituído que deseje ser comido”.

Berndt também fumava.

Berndt Brandes respondeu ao anúncio.
Era um jovem bem constituído com vontade de ser comido.
Berndt aceitou, por ser sua vontade, ser morto por Armin.
Berndt desejou que o seu cadáver fosse a refeição de Armin.

Armin matou Berndt e depois comeu-o. Não completamente, cerca de 20 quilogramas da carne do corpo de Berndt.

Armin está preso e a ser julgado.

Armin disse: "Uma boa carne fumada sabe sempre melhor".

no city journal

2004-01-06

Comunicação de S. Exa. o Presidente da República ao País


Palácio de Belém 05 de Janeiro de 2004


No ano que agora terminou, entendi ter pública intervenção nos temas do chamado processo da Casa Pia sempre que esteve em causa assegurar, como compete ao Presidente da República, o adequado funcionamento do Estado de Direito, sobretudo no que respeita aos direitos quer das vítimas, quer dos arguidos.
Não se tratou - e nem de outro modo poderia ser - de emitir quaisquer juízos sobre a culpa ou a inocência de quem quer que seja, ou de interferir, por qualquer forma, na marcha do processo.

Acontece é que foi a marcha do processo, ou melhor dizendo, a sua ilegítima divulgação, que veio interferir com o Chefe do Estado e o respeito que lhe é devido.

E isto porque, no passado dia 1 de Janeiro, um jornal de referência, aliás o único que se publicava nesse dia, deu nota, com grande destaque, e em violação do segredo de Justiça, da existência, no mesmo processo, de uma carta anónima, em que é insultuosamente envolvido o Presidente da República, com o alarido mediático a que a notícia veio a dar lugar.

Trata-se de crimes que terão de ser punidos, na sede e momento próprios, pois não é legítimo que o Chefe do Estado deixe passar em claro ofensas que têm as mais graves consequências no respeito e consideração que são devidas ao Presidente da República.

Mas a questão essencial, aqui e agora, no que respeita ao regular funcionamento das instituições que me compete garantir, não é, obviamente, a defesa da honra e reputação do Chefe do Estado; tão pouco se trata da indispensabilidade de serem emitidas instruções, por quem de direito, que, no estrito respeito da lei, evitem, no futuro, inúteis e sempre irreparáveis lesões do bom nome e reputação das pessoas.

Decisivo para o Estado de Direito e para a enorme dívida que a comunidade tem para com as crianças da Casa Pia, é, sim, que sejam criadas, de imediato, condições para que a acusação já proferida e as provas que a acompanhem possam vir a ser apreciadas por aquilo que elas valham - repito, por aquilo que elas valham -, e não pelos erros procedimentais, sejam da Acusação, sejam da Defesa, ou mesmo de magistrados judiciais.

E isto na medida em que tais erros, se enfraquecem a credibilidade técnica dos seus responsáveis, podem em nada interferir com a verdade ou a falsidade das culpas imputadas aos arguidos.

Ora a sistemática violação do segredo de Justiça e a confrontação mediática dos vários operadores judiciários - actuem, ou não, com a respectiva veste institucional - a esgrimir razões e contrarazões, a propósito de tudo e nada que se relacione com o chamado processo da Casa Pia, são um risco demasiado grave para um apuramento genuíno de responsabilidades, que se impõe pôr-lhe cobro.

Por isso, mais do que proclamar a minha confiança no esforço que é exigido às autoridades judiciárias para que façam respeitar a lei e reprimir as suas violações, faço um apelo veemente ao sentido de cidadania dos profissionais da comunicação social e dos agentes da Justiça, para que passem a actuar com a maior contenção e a maior reserva, no estrito limite do dever de informar e de dar informação, e assim contribuam para que os tribunais possam fazer aquilo que só a eles compete - administrar Justiça.

É essa Justiça que devemos aos arguidos; e, sobretudo, às vítimas, para que a reboque de habilidosas estratégias ou de irregularidades instrumentais, não lhes seja feita essa última e intolerável injúria que seria condenar inocentes ou absolver culpados.

E isso, sim, importa tudo ao Estado de Direito que tenho o dever de garantir e sem o qual ficam em risco as instituições da República e o seu funcionamento.

2004-01-05

Euro atinge novo máximo histórico nos 1,2697
(no Público)



A retoma da economia portuguesa em 2004 depende da dinâmica das economias alemã e francesa.

Neste contexto, a taxa de câmbio euro-dólar é fulcral, mas mais importante para a zona euro do que para os EUA.

A diferença está no extremo-oriente, em particular no aumento do peso da China no comércio internacional, que tem relações mais estreitas com os norte-americanos do que com os europeus. A actual tendência das taxa de câmbio tem impactos mais fortes para a economia europeia, até porque o dolar continua a ser a moeda referência no cenário internacional.

Sendo um facto central para a economia europeia, a valorização do Euro é excessiva para a europa. É um fenómeno controlável para os EUA, por via da melhoria dos seus termos de troca com o extremo oriente, compensando o seu défice da balança de transacções correntes. O governo federal apresenta uma política orçamental marcadamente expansionista, com défice orçamental na casa dos 5%, em conjunto com as baixas taxas de juro do FED. O dolar só poderia descer.

O problema é, no curto prazo, só europeu.

O desenho institucional das autoridade monetária (BCE) e os determinantes da política orçamental (pacto de estabilidade e crescimento), acentuam as políticas de cariz marcadamente anti-inflacionista.

As regras do jogo que definem os processos de decisão, deixam pouca margem para uma expansão a reboque da política monetária. O exemplo do Japão, armadilhado numa espiral de deflacção e de taxas de juro baixíssimas, retira argumentos para descidas do juro euro.

Resta uma política orçamental expansionista, à revelia do PEC. Falta saber em quanto, por que estados-membros e por via de que processo de decisão. A determinação dos défices por acordos de cavalheiros firmados pelo Conselho também não é nada satisfatória. Um outro mecanismo de determinação da política orçamental na zona euro é desejável, desde que permita uma real coordenação dos orçamentos públicos na zona euro.

É assim expectável um aumento do desfazamento entre a retoma norte-americana e a europeia, por menor flexibilidade e eficácia dos instrumentos de política macro-económica.

2004-01-02

No ano de 2001 invadiu-nos o reconhecimento de todos os erros da irresponsabilidade socialista com a fazenda pública e com o dinheiro dos contribuintes. Cada revelação surgia como mais uma confirmação da tanga financeira a que Portugal foi condenado, o interminável saque.

Exemplo entre muitos foi-nos servido o caso da Portugal Global, holding estatal que reunia a RTP a RDP e a LUSA. Não fosse o actual governo que, correctamente, iniciou a dissolução das amarras que prendiam estas instituições umas às outras e o abismo era certo - mais um.

Nesta senda de reforma e de intransigente defesa das finanças públicas, o Governo decide agora, dois anos depois, e visando o aproveitamento das sinergias entre as duas instituições, pela criação de uma holding entre a RTP e a RDP - a Rádio e Televisão de Portugal.

Um processo complexo e difícil, mas que valeu a pena!

As diferenças entre a Portugal Global Socialista e a Rádio e Televisão de Portugal Social Democrata são evidentes, claras e indiscutíveis.

O nosso longo e eterno reconhecimento!

no Público

O Sonho


Obrigado
Sabe bem não esquecer!
Deixa um travo amargo lembrar a falta que nos faz uma verdadeira cultura de liberdade.