2004-05-13

das cinco regiões



Num qualquer processo de regionalização, são evidentes as vantagens em manter o mapa dos actuais NUT’s. Será o desenho que permite uma imediata e fácil aplicação pela conjunção de dois níveis de planeamento já no terreno: as CCDR’s e os agrupamentos municipais. A sua experiência e prática permitem um mínimo de operacionalidade.

A heterogeneidade interna das regiões, principalmente no Norte e no Centro, prejudicarão uma justa distribuição dos investimentos públicos e das políticas de desenvolvimento. O litoral de ambas regiões, de Braga a Leiria, apresenta níveis de desenvolvimento muito mais elevados que o interior, de Bragança a Castelo Branco. A capacidade dos municípios mais desenvolvidos captarem fundos é infinitamente maior que os mais pobres. O peso político e demográfico do litoral faz pender a orientação política e a priorização das opções de desenvolvimento de cada região para a satisfação dos interesses e das suas populações do litoral em prejuízo de um interior pobre, velho e abandonado.

A manutenção do mapa de regiões transversais ao invés da criação de um grande Interior-Norte de Brangança a Castelo Branco ou pelo menos até à Guarda, aprofunda o fosso interior-litoral e desarticula a única solução para o desenvolvimento da Meseta Portuguesa: a articulação entre as suas cidades médias.

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